quinta-feira, 2 de abril de 2009

O RESTO É RUÍDO


A Companhia das Letras acaba de lançar O resto é ruído, de Alex Ross. O autor traça um panorama das mais diversas tendências da música erudita do século XX e mostra como esta foi absorvida no interior da cultura pop. Este lançamento - bem como o seu êxito editorial na Europa - demonstra a urgência do tema que temos tratado em conjunção com a literatura durante parte deste primeiro mês de aula.


Segue abaixo o press release do livro, que é, no mínimo, educativo.




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Se a música clássica tradicional já costuma oferecer assunto e diversão para poucos, a chamada música erudita contemporânea sofre discriminação ainda maior. Outras manifestações artísticas do nosso tempo, como os quadros de Picasso ou os do norte-americano Jackson Pollock, valem hoje centenas de milhões de dólares, e não seria difícil topar com a poesia de T. S. Eliot, por exemplo, no Fantástico.



No campo da música, porém, a produção erudita do século xx vem causando desconforto pelo menos desde a Sagração da primavera, de Igor Stravínski.O curioso é que, na verdade, a influência dessa música aparentemente inacessível permeia há tempos manifestações artísticas bem mais populares, como as trilhas sonoras de Hollywood, o rock, o pop, o jazz e a dance music, do já lendário Velvet Underground até a islandesa Björk, passando pela música de Ornette Coleman.




Em uma narrativa envolvente, de interesse tanto para o especialista como para o leigo, O resto é ruído conduz o leitor por esse labirinto da música contemporânea, buscando elucidar os contextos social e político que lhe deram origem. Crítico brilhante, Alex Ross nos leva da Viena do início do século até a Paris dos anos 1920; da Alemanha de Hitler e da Rússia de Stálin à Nova York dos anos 60 e 70, mesclando o erudito e o popular, a música e a política de um século tão fecundo quanto conturbado.
O resultado, mais do que uma história da música, é uma leitura da história do século XX por intermédio da música que ele produziu. Resultado, aliás, saudado com a indicação de Ross para o prêmio Pulitzer de 2008 e para o prestigioso Samuel Johnson Prize. Considerado um dos melhores livros de 2007 pelo New York Times, pelo Washington Post e pela revista The Economist, O resto é ruído, que entrou para a lista de mais vendidos do New York Times, está sendo publicado na Alemanha, na França, na Espanha, na Itália e na Holanda, entre diversos outros países.

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